Arquivo da categoria: Owen Wilson

Passe Livre

Crítica – Passe Livre

Rick e Fred recebem de suas esposas um presente incomum: um passe livre – uma semana de férias do casamento, sem cobranças posteriores. Mas eles descobrem que a vida de solteiro não é o que eles pensavam.

Trata-se do filme novo dos irmãos Bobby e Peter Farrelly, os mesmos de Quem Vai Ficar Com Mary e Antes Só do que Mal Casado. Quem conhece a carreira dos irmãos sabe que eles sempre andam em cima daquela linha que fica entre o humor grosseiro e a piada de mau gosto. Digo isso porque os caras, quando acertam, são geniais – vide a engraçadíssima cena da Cameron Diaz com esperma no cabelo. Mas, muitas vezes, a baixaria é tão grande que a piada perde a graça…

Passe Livre (Hall Pass, no original) tem algumas piadas de gosto duvidoso – fazer piadas com fezes não é algo engraçado, pelo menos na minha humilde opinião. Mas, mesmo assim, não é tão baixaria quanto outros títulos da dupla. Apesar de algumas escorregadas desnecessárias, o filme é divertido.

No elenco, nenhum destaque, nem positivo, nem negativo. Owen Wilson segue interpretando o mesmo papel de sempre, acompanhado do menos conhecido Jason Sudeikis. As esposas, Jenna Fischer e Christina Applegate, têm papeis fáceis e previsíveis. A única surpresa do elenco é Richard Jenkins interpretando um papel que nada tem a ver com o que ele costuma fazer, o solteirão convicto Coakley. E Nicky Whelan é a candidata a “bonitinha da vez”.

Uma coisa que me incomodou um pouco foi a previsibilidade. Tudo é muito clichê, tudo a gente adivinha muito antes. Boa parte do filme perde a graça por causa disso. Como é uma comédia, isso é um problema sério…

Mas, pra quem estiver sem grandes expectativas, Passe Livre pode ser uma boa opção.

.

.

Se você gostou de Passe Livre, o Blog do Heu recomenda:
Professora Sem Classe
Um Parto de Viagem
Se Beber Não Case

Meia Noite em Paris

Crítica – Meia Noite em Paris

Filme novo do Woody Allen!

Gil é um roteirista de relativo sucesso em Hollywood, mas quer largar essa vida, se mudar para Paris e escrever romances – decisão não apoiada por sua noiva. Apaixonado por Paris e pela década de 20, de repente Gil volta no tempo e passa a ter contato com personagens históricos, como Cole Porter, Ernest Hemingway, F Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dalí e Luis Buñuel, entre outros.

Tem gente por aí dizendo que este é o melhor Woody Allen em muito tempo, mas não sei se sou a pessoa certa para falar sobre isso, já que, sei lá por qual motivo, não vi nenhum dos filmes que ele fez entre 98 e 2007 (mas tô em dia desde Vicky Cristina Barcelona!). Pelo menos posso afirmar que é o melhor entre os quatro últimos.  As situações geradas pelos encontros de Gil com as figuras históricas são deliciosas! Não conheço ninguém que saiu do cinema sem se imaginar em outra época, acho que esse culto ao passado é algo natural do ser humano.

Paris foi uma escolha perfeita para o cenário de Meia Noite em Paris. Que outra cidade conjugaria um passado tão rico em cultura com cenários atuais que não precisam de muitas adaptações? É um filme de viagem no tempo sem efeitos especiais aparentes!

No elenco, Owen Wilson surpreende. Normalmente associado a comédias dirigidas a um público mais, digamos, hollywoodiano, ele está perfeito aqui como o alter-ego de Allen. Se heu não o conhecesse  de filmes como Uma Noite no Museu, Marley & Eu ou a série Bater ou Correr, diria que é um ator sério… Ainda no elenco, Rachel McAdams, Michael Sheen, Marion Cotillard, Kathy Bates e um Adrien Brody hilário como Salvador Dalí. E, para os fãs de quadrinhos: Tom Hiddleston, o Loki de Thor, interpreta F Scott Fitzgerald aqui.

Meia Noite em Paris é divertidíssimo, mas tem um problema: pra curtir melhor as piadas, tem que conhecer as figuras históricas. Digo isso porque fui um dos únicos no cinema a rir da genial piada com o Buñuel e seu Anjo Exterminador – provavelmente rolaram outras piadas que não entendi porque não conhecia os personagens…

Enfim, vá ao cinema. E depois se imagine na sua própria Belle Époque!

.

.

Se você gostou de Meia Noite em Paris, Blog do Heu recomenda:
Todos Dizem Eu Te Amo
Tudo Pode Dar Certo
Te Amarei Para Sempre

Marley e Eu

marley_e_eu

Marley & Eu

Confesso que nunca tive vontade de ver esse filme. Afinal, é baseado num livro que nunca me atraiu. O livro “Marley & Eu”, de John Grogan, sobre “o pior cão do mundo”, pode até ser um best seller, mas parece ser uma bomba…

Mas… Meu irmão comprou o dvd, minha cunhada recomendou, e… Lá fui heu assistir o filme… E todos os receios se confirmaram. O filme é realmente muito ruim!

Em primeiro lugar, a história é muito besta! Qualquer um que já teve cachorro(s) e/ou filho(s) tem um rol de histórias tão engraçadas e bonitinhas como o autor do livro. Histórias tão boas quanto, ou até melhores.

Em segundo lugar, o elenco é horrível! Owen Wilson interpreta o mesmo Owen Wilson de sempre. E esse papel não se encaixa bem em filmes desse tipo, ele é melhor fazendo um humor mais pastelão. E Jennifer Anniston também repete o seu papel de sempre, a Rachel de Friends, só que um pouco mais feia que o habitual…

Em terceiro, a produção do filme é tão capenga, que erros técnicos pululam aos olhos! Na cena que Wilson vai ao aeroporto buscar Anniston, chove torrencialmente – só em cima do carro! Pessoas ao fundo caminham tranquilamente, sem chuva. Ou, na cena da praia, vemos areia remexida quando a câmera os pega pela frente, mas areia intacta quando a câmera está atrás deles. Ou, na cena da adestradora, ela pede a Wilson que tire os óculos escuros, para o cão vê-lo nos olhos. Mas as pessoas ao lado continuam de óculos escuros. E por aí vai…

O epíteto “o pior cão do mundo” é porque a tal adestradora (uma desperdiçada Kathleen Turner) desistiu de ensiná-lo. Ora, diabos! Este foi o único cachorro que teve problemas com adestramento? Sr. Grogan, acredite, existem cães bem piores!

Acho que vou escrever um livro contando a história da Zara, uma vira-latas que peguei na rua e foi a minha primeira “filha”…

Uma Noite no Museu 2

noite-no-museu-2-poster01

Uma Noite no Museu 2

Continuação do “sucesso de bilheteria com cara de sessão da tarde”, essa parte 2 segura a onda muito bem dentro do que se propõe. Afinal, como diz aquele velho bordão, “cinema é a maior diversão”.

Pra quem não viu o primeiro: Larry Daley (Ben Stiller) consegue um emprego como vigia noturno de um Museu de História Natural. E lá descobre que, durante toda a noite,  uma placa egípcia dá vida a todas as estátuas presentes.

O segundo filme começa com Larry trabalhando em outro ofício. Ao visitar o museu, descobre que as estátuas estão sendo enviadas para o museu Smithsonian, um enorme complexo com 19 museus em Washington. E é claro que a placa dará vida a tudo o que está em todos os museus. E é claro que Larry vai até o Smithsonian…

Sim, é uma grande bobagem. Mas uma bobagem divertidíssima! Afinal, algumas das sacadas são geniais! Vejam só: o vilão, um faraó egípcio, pede ajuda a Napoleão, Ivan o Terrível e Al Capone – e este e sua gangue estão em preto e branco!

Algumas cenas são hilariantes. Por exemplo, quando anjinhos barrocos começam a cantar Bee Gees; ou quando um monte de bonequinhos de Einstein cantam e dançam para responder a uma pergunta. Isso sem contar com uma participação especial do Darth Vader!!!

Resumindo: boa diversão para não ser levada a sério!