Crítica – Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Depois de ver o original, fui ao cinema ver a refilmagem.
A sinopse é exatamente igual à do outro filme, então copiei do texto de anteontem: “O jornalista Mikael Blomkvist, prestes a ser preso, é contratado para tentar descobrir o paradeiro da sobrinha de um milionário, desaparecida 40 anos antes. A hacker esquisitona Lisbeth Salander acaba ajudando-o.”
Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um bom filme. Mas… É tudo tão igual ao filme sueco, que a gente se pergunta: pra que refilmar?
Dirigido por David Fincher (Se7en, Clube da Luta), Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres tem um roteiro com um ou outro detalhe diferente, mas tudo coisas sem importância – como Mikael Blomkvist ter ou não alguma coisa no passado ligada a Harriet Vanger (não sei como era no famoso livro homônimo de Stieg Larson). E, no filme em si, algumas coisinhas são diferentes, e talvez até melhores que o original – por exemplo, gostei muito da trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, que já tinham feito um excelente trabalho em A Rede Social, filme de Fincher. Mas, na minha humilde opinião, nada que justifique um novo filme.
Ah, a Lisbeth Salander… Se no original Noomi Rapace mandou bem, o mesmo aconteceu aqui com Rooney Mara. Rooney realmente está muito bem e é uma das melhores coisas do filme – foi até indicada ao Oscar pela sua atuação. Mas, se ela ganhar, acho que deveria dedicar seu prêmio a Noomi – suas Lisbeths são bem parecidas…
O elenco é bom. Além da pouco conhecida Rooney, o filme conta com Daniel Craig, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright e Joely Richardson. E, num papel mínimo, Julian Sands fazendo o personagem de Christopher Plummer quando novo.
De resto, não vejo nada mais a se falar sobre o filme. É um bom filme, mas só para quem não viu o original. Porque, pra ver um filme igual, é sempre melhor ver o primeiro – principalmente com um intervalo tão curto de tempo.
Para finalizar, olhem a ironia: existe americanos refilmam filmes estrangeiros por causa da língua, né? Baixei o filme sueco, veio dublado em inglês. E fui ao cinema ver o filme americano, a sessão era dublada em português…
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Os Homens que Não Amavam as Mulheres
A Rede Social
O Curioso Caso de Benjamin Button
Marcado:Christopher Plummer, Daniel Craig, David Fincher, Julian Sands, Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, Robin Wright, Rooney Mara, Stellan Skarsgard, Stieg Larsson, The Girl With The Dragon Tatoo
Grande Heu,
Pode ser por uma questão de fã, mas eu prefiro a versão do Fincher. O encontro entre os personagens é muito melhor calculado, o filme é bem melhor dirigido. Apenas o roteiro que deixa um pouquinho a desejar.
Os dois filmes conseguiram duas atrizes muito boas para interpretarem Lisbeth Salander. Gosto muito das suas, no entanto, a Rooney Mara é coisa de outro mundo. Ainda conseguiu adicionar um elemento erótico encantador a personagem. Meu Deus, como ela é linda! O trabalho físico e até mental para entrar em algo assim não deve ser fácil. A indicação ao Oscar foi muito merecida, mesmo. Ainda que eu goste demais da Noami Rapace, eu creio que a Mara conseguiu, como o Fincher, subir escadas em relação ao original.
O elenco é muito bom, competente e mesmo com atores já consagrados em realizar apenas pequenos papéis, rendem absurdos nas mãos de um diretor do calibre de Fincher. Principalmente o Craig, que é o Bond na nova franquia, aqui é um jornalista fraco fisicamente, apanha muito e mesmo assim capaz de entregar algo bom.
Este filme é um caso raro de superação de uma refilmagem.
E a trilha sonora é ótima! Principalmente aquela cena com ao som de Enya.