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Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio

Crítica – Velozes & Furiosos 5 – Operação Rio

Estreou a nova polêmica envolvendo o Rio!

Neste quinto filme da franquia, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e Mia (Jordana Brewster) fogem para o Rio de Janeiro. Enquanto tramam um golpe milionário contra o mega traficante (português!) Hernan Reyes (Joaquim de Almeida), são perseguidos pelo agente do FBI linha dura Luke (Dwayne Johnson).

Antes de falar do filme, vou falar da tal polêmica. Muita gente aqui no Brasil ficou ofendida com o modo como o Rio é mostrado. Bem, meus comentários:
1- As pessoas reclamam, mas… É mentira? Se os bandidos não tivessem tomado conta das favelas, por que precisa de uma polícia “pacificadora” dentro da favela – as UPPs? E mais: tem muita gente graúda por trás dos bandidos, todo mundo sabe disso.
2- Ok, é “feio” admitir que aqui no Brasil a bandidagem toma conta. Mas… Tropa de Elite 2 não fez exatamente a mesma coisa? Por que é legal falar bem de um, mas é errado falar mal do outro?
3- O Rio de Janeiro tá na moda. E entrou definitivamente no rol das cidades mais famosas do mundo. Quantas vezes a gente vê filmes que se passam em cidades como Londres, Paris ou Nova York, mas que não se preocupam em retratar o local com a precisão de um morador? Gente, Velozes & Furiosos 5 é uma produção estrangeira! A única brasileira no “time principal” é a Jordana Brewster, que construiu carreira em Hollywood!

Vamos ao filme…

Velozes & Furiosos 5 é um excelente filme de ação. Não faria feio em uma lista de melhores filmes de ação dos últimos anos. Pancadaria, tiros, explosões, perseguições de carro e à pé, tudo em boas quantidades – o cardápio do filme é bem servido.

O Rio de Janeiro é cenário. E, olha, ficou muito bom – a cidade, que é uma das mais bonitas do mundo, foi muito bem fotografada através das lentes do diretor Justin Lin (o mesmo do filme anterior), que usou tomadas aéreas e terrestres, pegando ângulos turísticos e não turísticos – rola uma perseguição na favela que lembra o parkour de B13 – 13º Distrito. Aliás, li que parte das filmagens fora feitas em Porto Rico – isso deve explicar porque não consegui reconhecer as ruas da perseguição final. E aquela ponte não é a Rio-Niteroi, a Rio-Niteroi tem quatro pistas pra cada lado, aquela só tem duas…

O roteiro não é perfeito, tem suas inconsitências e seus furos. O objetivo não é um roteiro redondinho, e sim ação de tirar o fôlego. Para tal, vemos algumas sequências absurdas – aquele cofre sendo arrastado ia acabar atropelando pedestres inocentes! Mas nada grave, apenas relaxe e curta a adrenalina.

O elenco é acima da média. O quarteto incial voltara no filme anterior, mas a personagem da Michelle Rodriguez morreu. Então, aqui só temos Vin Diesel, Paul Walker e Jordana Brewster. Mas o elenco teve reforços legais, como Dwayne “The Rock” Johnson, Elsa Pataky e o português Joaquim de Almeida. E, pra completar, voltaram outros atores que já tinham participado da franquia, como Matt Schulze (do primeiro filme); Tyrese Gibson e Ludacris (do segundo); Sung Kang, Tego Valderon e Don Omar (do terceiro); e a bela Gal Gadot (do quarto) – ou seja, prato cheio pros fãs da franquia.

Comentários irônicos sobre o elenco:
– O The Rock deve ter deixado o cavanhaque crescer pra ninguém confundir ele com o Vin Diesel. Tudo bem que o Rock é muito mais forte que o Diesel, mas, afinal, são dois grandalhões carecas…
– Acho que foi a primeira vez que vi a Jordana Brewster falando português! E já tinha a visto em outros seis filmes!
– O Tego Leo não é igual ao Gil Brother, do Hermes e Renato? 😛

Teve uma coisa que não gostei: os gringos falando português. Dá pra ver que tinha alguém pra ensinar as falas, incluindo as gírias. Mas, pelo menos pra nós brasileiros, ficou muito forçado, como naquela cena antes do pega, debaixo daquele novo viaduto da linha 2 do metrô (os pegas são na Radial Oeste?). Custava muito ter contratado uns brasileiros em papeis pequenos?

O mesmo comentário vai pra Joaquim de Almeida. Gosto do cara, ele fez 24 Horas, Perigos Real e Imediato, A Balada do Pistoleiro, mas… Um português como o chefe da contravenção carioca? Forçou a barra… Tá cheio de ator brasileiro bom e disponível pra um papel desses!

Enfim, os críticos sérios torcerão o nariz. Os patriotas cegos idem. Mas se você curte um bom filme de ação e quer ver que o Rio de Janeiro continua lindo, Velozes & Furiosos 5 é a pedida!

Ah, sim, importante, rola uma cena durante os créditos. Pela cena, com certeza, teremos um Velozes e Furiosos 6, por dois motivos: um é a Eva Mendes em um “papel gancho”; a outra é impossível de falar sem spoilers… Mas fica a dica: aguarde a cena!

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Se você gostou de Velozes & Furiosos 5, o Blog do Heu recomenda:
Velozes e Furiosos 4
Corrida Mortal
Tropa de Elite 2
B13 – 13º Distrito

Ladrões

Ladrões

Um sofisticado grupo de ladrões tem poucos dias para planejar um roubo que pode render milhões de dólares. Ao mesmo tempo, um obcecado policial descobre pistas que o aproximam dos bandidos.

Ladrões (Takers, no original) é um competente filme de ação. Ok, não rola nada de original na tela. Mas pelo menos é um feijão com arroz bem temperado.

As cenas de ação, se parecem copiadas de outros filmes, pelo menos são bem feitas. Gostei de momentos como a cena do roubo ao carro forte, ou a perseguição a Jesse – parece que o cantor Chris Brown quer se firmar como um astro de ação.

Sobre o elenco, nenhuma grande atuação, como era de se esperar, mas ninguém atrapalha. Matt Dillon, Idris Elba e Paul Walker, bons atores (apesar de nada excepcional em seus currículos), rendem o esperado. Hayden Christensen mostra o que os fãs de Star Wars já sabiam: atuação não é o seu forte, mas ele pode funcionar, se for coadjuvante. Chris Brown e T.I. são estrelas da música pop, e aqui tentam atuar – Brown acerta um pouco mais do que T.I., exagerado demais, o ponto mais fraco do elenco. Por fim, achei desperdício escalar um nome forte como Zoe Saldana para um papel minúsculo – tudo bem que era o principal papel feminino, mas mesmo assim, a atriz de Star Trek e Avatar merecia mais tempo de tela.

Os mais mal-humorados vão reclamar, dizendo que o roteiro é cheio de clichês, que os personagens são rasos, e que várias situações são inconsistentes. É tudo verdade. Assim como é verdade que Ladrões é uma boa diversão sem a pretensão de ser um clássico do cinema de ação, apenas uma honesta maneira de se gastar uma hora e quarenta e sete minutos.

Velozes e Furiosos 4

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Velozes e Furiosos 4

Esta semana mesmo falei sobre Corrida Mortal. E hoje volto ao assunto de “filmes de carros de corrida” com o novo filme da franquia Velozes e Furiosos.

A história é mais do mesmo: um policial e um fora-da-lei, cada um com seu próprio motivo, se juntam para derrubar um poderoso traficante de drogas.

O filme é eficiente no que se propõe e tem algumas cenas muito boas, daquelas que te fazem perder a respiração. Como, por exemplo, logo no início, quando três carros tentam roubar as carretas de um caminhão que carrega combustível; ou o pega de rua que um personagem promove pra escolher os seus corredores. São várias as cenas emocionantes envolvendo carros.

Mas existe uma coisa que realmente me intriga sobre este quarto filme da série: os quatro atores do filme original estão de volta. O marketing do filme diz que isso é algo positivo. Sim, claro, é melhor ver o elenco original do que um genérico. Mas, pelo menos para mim, o que parece é que as carreiras dos quatro não deviam estar tão bem assim…

Mesmo assim, os quatro ainda funcionam. Vin Diesel e Paul Walker estão bem como o mocinho-bandido e o mocinho-mocinho; Michelle Rodriguez e a brasileira Jordana Brewster são quase coadjuvantes e não comprometem…

E aí vem a comparação com o já citado Corrida Mortal

Sabe por que prefiro aquele e não este? Porque Corrida não se leva a sério. Você pode rir dos momentos mais exagerados. Enquanto este Velozes está envolto num clima mais sisudo… Sei lá, prefiro quando a gente pode apenas rir e se divertir…

Mesmo com a sisudez, o filme não decepcionará os fãs do primeiro filme…