Arquivo da categoria: Zoe Saldana

Ladrões

Ladrões

Um sofisticado grupo de ladrões tem poucos dias para planejar um roubo que pode render milhões de dólares. Ao mesmo tempo, um obcecado policial descobre pistas que o aproximam dos bandidos.

Ladrões (Takers, no original) é um competente filme de ação. Ok, não rola nada de original na tela. Mas pelo menos é um feijão com arroz bem temperado.

As cenas de ação, se parecem copiadas de outros filmes, pelo menos são bem feitas. Gostei de momentos como a cena do roubo ao carro forte, ou a perseguição a Jesse – parece que o cantor Chris Brown quer se firmar como um astro de ação.

Sobre o elenco, nenhuma grande atuação, como era de se esperar, mas ninguém atrapalha. Matt Dillon, Idris Elba e Paul Walker, bons atores (apesar de nada excepcional em seus currículos), rendem o esperado. Hayden Christensen mostra o que os fãs de Star Wars já sabiam: atuação não é o seu forte, mas ele pode funcionar, se for coadjuvante. Chris Brown e T.I. são estrelas da música pop, e aqui tentam atuar – Brown acerta um pouco mais do que T.I., exagerado demais, o ponto mais fraco do elenco. Por fim, achei desperdício escalar um nome forte como Zoe Saldana para um papel minúsculo – tudo bem que era o principal papel feminino, mas mesmo assim, a atriz de Star Trek e Avatar merecia mais tempo de tela.

Os mais mal-humorados vão reclamar, dizendo que o roteiro é cheio de clichês, que os personagens são rasos, e que várias situações são inconsistentes. É tudo verdade. Assim como é verdade que Ladrões é uma boa diversão sem a pretensão de ser um clássico do cinema de ação, apenas uma honesta maneira de se gastar uma hora e quarenta e sete minutos.

The Losers

The Losers

Um grupo de soldados de elite é mandado para a Bolívia para uma missão que dá errado e eles são dados como mortos, e se vêem sem dinheiro e sem documentos. Uma misteriosa mulher aparece para ajudá-los a voltar.

Dirigido pelo desconhecido Sylvain White, The Losers é mais uma adaptação de quadrinhos, desta vez um quadrinho menos famoso da DC.

O filme é aquilo que a gente espera. Tiros, explosões, correria… A história é meio óbvia e o filme é cheio de clichês, mas, como disse, isso tudo era esperado. O que me chamou a atenção aqui foi o elenco, com Jeffrey Dean Morgan (o Comediante de Watchmen), Zoe Saldana (a Uhura do novo Star Trek), Chris Evans (o Tocha Humana do Quarteto Fantástico) e Jason Patrick (do primeiro Lost Boys). É um bom time para um filme desconhecido… (O elenco também conta com Idris Elba, Óscar Jaenada e Columbus Short).

Jeffrey Dean Morgan está ok no papel principal. Gosto dele, fico feliz de vê-lo como protagonista. Zoe Saldana também está bem, a fotografia do filme mostra bem as suas curvas, apesar de não traz nenhuma cena de nudez. Chris Evans soma mais um filme baseado em quadrinhos no currículo – além do Tocha Humana, o cara será o Capitão América em breve – será que existe um limite de personagens de quadrinhos que um mesmo ator pode representar? O ponto fraco do elenco é Jason Patrick, bom ator, mas que está excessivamente caricato com o seu vilão mau, muito mau…

The Losers não é bom, mas também não é ruim. Pode agradar os fãs do gênero.

Avatar

Avatar

Alguns filmes viram marcos na história do cinema por causa da sua revolução nos efeitos especiais. Foi assim em 1969 com “2001”, em 77 com “Guerra nas Estrelas” e em 93 com “Parque dos Dinossauros”.  E agora, em 2009, com Avatar.

Um mineral valiosísimo é encontrado num planeta distante, Pandora. Só que o ar de Pandora é venenoso para os humanos. A solução encontrada é a criação de avatares, seres híbridos entre humanos e Na’vi, o povo nativo, controlados à distância por humanos.

A história não é nada original, algumas partes da trama chegam a ser bem previsíveis, aliás. Mas a forma como está história foi contada, ah, isso sim é novo!

Hoje em dia, efeitos criados por computação gráfica não são mais novidade. Mas acredito que até agora nada deste porte tinha sido feito: foi criado todo um novo planeta, com nova fauna e nova flora. Isso sem contar com os gigantes azuis Na’vi. E, em momento nenhum, temos a impressão de que são efeitos. É tudo muito real!

James Cameron era um eficiente diretor de filmes de ação nos anos 80 e 90, até “True Lies”, de 93. Depois disso, ele fez só dois filmes, justamente dois dos projetos mais megalomaníacos da história do cinema: este “Avatar” e “Titanic”, de 97. Lembro da época que “Titanic” estava sendo feito. Todos em Hollywood falavam do provável fracasso do filme, que tinha estourado todos os limites de prazo e de orçamento. E o que aconteceu depois, todos sabem: Cameron calou a boca dos críticos conseguindo a maior bilheteria da história até então. E de quebra ainda ganhou 11 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor, igualando o recorde de “Ben-Hur”.

Com “Avatar”, rolava uma certa ansiedade, já que ele anunciara que tinha esperado por anos até a tecnologia necessária ser criada, para então fazer o seu filme. Claro, isso cria uma grande expectativa. Mas podemos dizer que funcionou: “Avatar” é realmente de encher os olhos!

Parte da animação por computador foi feita através de um sistema de captura de movimentos do ator. Sendo assim, alguns nomes do elenco não aparecem na tela, mas os atores foram essenciais para a construção daquilo, como Zoe Saldana (do último “Star Trek“), CCH Pounder e Wes Studi. Outros atores, como o protagonista Sam Worthington e Sigourney Weaver (que já tinha trabalhado com Cameron em “Aliens, O Resgate”), aparecem nas duas versões: tanto humanos quanto Na’vis. Também no elenco, Michelle Rodriguez, Stephen Lang, Giovanni Ribisi e Joel Moore.

Enfim, disse lá em cima e repito: “Avatar” é um grande filme, que será lembrado como um marco na história dos efeitos especiais. Para ser visto no cinema, de preferência em 3D!

Star Trek

star_trek_poster01-552x817

Star Trek

Pra quem não sabe, existe uma rivalidade entre os fãs de Star Wars e os de Star Trek. Como nasci em 71, e sempre gostei mais de cinema do que de seriados de tv, acho que isso me coloca no grupo fã de Star Wars… Mesmo assim, nada tenho contra Star Trek!

Esse novo Star Trek era um projeto complicado, envolto num perigoso hype. J.J. Abrams, o homem mais incensado (e super-valorizado) de Hollywood nos úlimos anos, resolveu dirigir a história do início de tudo: como Kirk conheceu Spock e o resto de sua tripulação, e como virou capitão da USS Enterprise.

(Vou explicar o meu pé atrás com relação ao marqueteiro J.J. Abrams. Como diretor, tudo o que ele fez até agora pro cinema é o terceiro Missão Impossível, na minha opinião bem inferior aos dois primeiros (dirigidos por Brian De Palma e John Woo). Ele também é famoso por ter criado as séries Alias (que acho bem fraquinha), LostFringe (que são muito boas, mas deixam tantas pontas soltas que dá medo de nunca explicarem tudo). Além disso, ele usou o seu hype pra vender Cloverfield, que também não foi lá grandes coisas…)

Mas podemos ficar tranquilos. Desta vez J.J. acertou! Não é que o filme é bom?

Tudo o que se espera num filme desses está lá. Batalhas espaciais com efeitos especiais de cair o queixo, num roteiro redondinho que usa tudo o que a gente conhece sobre o universo trekker.

O elenco está afiado. Enquanto Kirk é interpretado pelo quase desconhecido Chris Pine, o emblemático Spock é feito por Zachary Quinto, o Sylar, vilão da série “Heroes”. Aliás, os dois estão muito bem juntos, mostrando a emoção de um versus a lógica do outro. E todo o elenco da série clássica está lá: Karl Urban como McCoy, Zoe Saldana como Uhura, Anton Yelchin como Checov, John Cho (Madrugada Muito Louca) como Sulu e um inspirado (como sempre) Simon Pegg (Um Louco Apaixonado) como Scotty. De quebra, ainda temos o próprio Leonard Nimoy como o Spock velho e a Winona Ryder como sua mãe. E ainda tem um Eric Bana como um vilão romulano…

(Nada contra os romulanos. Mas, na minha opinião pessoal, acho que poderia ser um vilão klingon. Os klingons são mais legais! 😀 )

Ok, existe o problema que assola todo e qualquer prequel: já sabemos que alguns daqueles personagens estarão lá depois, então algumas coisas ficam meio óbvias. Ora, se existe uma missão super perigosa onde temos o Kirk, o Sulu e mais um carinha qualquer, não é difícil prever qual dos três vai se dar mal, né?

Particularmente, não gostei muito das viagens no tempo e realidades paralelas, ficou meio forçado. E o filme ainda tem alguns exageros, típicos de filmes de ação. Tipo, não foi uma certa coincidência o Kirk ter caído acidentalmente naquele planeta, justamente pertinho de dois personagens importantes? Mas nada que atrapalhe o andamento do filme… Relaxe e aproveite a adrenalina!

Enfim, bom programa. E “que a força esteja com vocês”! Ops, não, filme errado! Aqui é “vida longa e próspera”!